segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Crise. O que fazer?

por Jomázio Avelar

   O remédio utilizado pelos países desenvolvidos para debelar a crise financeira de 2008 está apresentando agora a conta. Sem discutir o remédio em si, a não medicação das consequências do mesmo as tornaram maiores que a doença primeira. Usou-se o Estado para salvar os mercados, agora aquele está em condição grave.
   O Brasil desfruta de condição privilegiada para tirar bom proveito da crise de 2011. Poderá convertê-la em oportunidade. O País pagou R$ 222,9 bilhões em 2010 como despesa do serviço da dívida pública interna. Se forem reduzidos os juros de remuneração da Selic para metade ela ainda ficará alta o suficiente para atrair investidores (arbitragem), e assim o governo federal irá promover economia de R$ 110 bilhões.
   Esta economia poderá ser investida na construção da infraestrutura, anualmente. Esta é a oportunidade. Em poucos anos o “custo-Brasil” terá redução sensível e os produtos brasileiros se beneficiarão de maior competitividade no comércio exterior. Essa decisão atenuaria a pressão de valorização do real, e com juros mais baixos seria incentivada a atividade produtiva com reflexos significativos na preservação do mercado interno.
  Toda a sociedade se beneficiaria dessa decisão, mas os profissionais da Engenharia, Arquitetura, Agronomia e outros afins teriam benefício direto, na geração de contratos para as empresas e ocupação para os profissionais. As estradas poderiam ser melhoradas, as ferrovias reconstruídas, o saneamento básico universalizado, aeroportos, portos, empreendimentos de produção-transmissão-distribuição de energia implementados, agronegócio, agricultura, e outros. E ainda, saúde, educação e segurança também.

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